CÉU E INFERNO – MITO OU REALIDADE por Pr Elton Gomes Lucas

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Ao ler o livro Revival de Stephen King, algo me chamou a atenção. O livro conta a história de um jovem criado no interior dos Estados Unidos em uma pequena Igreja Metodista e seu relacionamento com um ex-pastor da referida igreja por toda a vida. O interessante é que aquele pastor abriu mão de sua fé e seu ministério em busca de descobrir a existência do céu e se esse teria sido o destino de sua mulher e filho, mortos em um acidente. O desfecho do livro é a conclusão de que o céu não existe, mas o inferno é real.

Tal conclusão foge do tradicional. Algumas pessoas acreditam na existência dos dois. Outras só na existência do céu e a maioria em nenhum dos dois.  A questão a ser discutida aqui é se estamos tratando de dois lugares reais, ou apenas de alguma metáfora.

Primeiro vamos às Escrituras: As referências bíblicas ao inferno usam normalmente a expressão pranto e ranger de dentes (Mt 8: 12; 13: 42, 50; 22: 13; 24: 51; 25: 30 E Lc 13: 28). Acrescenta-se também a história do Rico e do Lázaro. Assim, embora existam metáforas em relação ao inferno quando o mesmo é comparado ao Geena (Mt 5: 22; 18: 9; Mc 9: 47-48), que era um lugar onde o lixo queimado ardia constantemente, a Bíblia não deixa dúvidas de estar tratando de um lugar real, físico, destinado ao diabo e seus anjos, mas que acabou sendo o destino eterno de muitos seres humanos.

“Do pecador metido em tal vala ficava de fora a parte que vai dos pés à barriga da perna; pois o resto do corpo não se via. Ardiam-lhes as plantas dos pés, acesas por inteiro, e nesse sofrer tanto se estorciam que teriam podido romper laços e cordas. Do calcanhar aos dedos corriam chamas, inflamadas como se flamejassem sobre o corpo untado com gordura”.

O trecho acima retirado da divina comédia de Dante, retrata um dos lugares de castigo que o viajante encontrou no inferno. O lugar é real, é horripilante. Podemos concluir então que o inferno existe.

Em relação ao céu, a Bíblia também define com um lugar físico e real. Em II Co 12, Paulo fala de um homem (possivelmente ele mesmo), que há quatorze anos (em um tempo específico), teria sido arrebatado ao céu. Muitas outras histórias são contadas de arrebatamentos como esse. Posso citar aqui o Livro/Filme “O céu é de Verdade”. Muitos como Paulo revelam que viveram a experiência de ter ido ao céu. Aqui também estamos tratando de um lugar e não de um estado de espírito. O céu existe, ocupa um lugar no espaço, é um lugar de delícias e também é o destino eterno de muitos seres humanos.

Definida a existência física dos dois lugares e constatado o fato de pessoas estarem indo para um ou outro desses lugares (não existe uma outra opção. Purgatório, reencarnação, limbo, são apenas tentativas de fuga da única realidade: Daqui a milhões de anos cada um de nós estará ou no céu ou no inferno e isso é eterno), é preciso definir quem vai para um e quem vai para o outro desses destinos.

A resposta é a mais simples possível: depende única e exclusivamente da escolha de quem vai. Aí você está perguntando: As pessoas podem passar a eternidade em um lugar de dores e sofrimento ou em lugar de delícias perpétuas e são elas que escolhem. Então quem escolheria o inferno? Todos vão para o céu.

A questão é um pouco mais complexa. Primeiro, para se ir ao céu é preciso acreditar no céu, todavia, não é preciso que se acredite no inferno para que esse seja o destino. Segundo, a porta que leva ao inferno é bem mais larga e só pressupõe duas renúncias: Cristo e a graça. A porta que leva ao céu é estreita e pressupõe uma série de renúncias (mundo, pecado, prazeres carnais). A Bíblia afirma que: “Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos céus é tomado à força, e os que usam de força se apoderam dele” (Mt 11: 12).

Finalmente, a escolha do destino acarreta a escolha do caminho. Ou seja, quando eu defino onde quero chegar, eu tenho que tomar o caminho que leva àquele lugar, ainda que a estrada esteja esburacada. Que existam uma série de barreiras a serem transpostas. Eu só chegarei ao meu destino se eu tomar o caminho certo, E para o céu não existem duas possibilidades, nem modais de transportes diferentes. Ou eu vou através de Jesus ou eu não vou. Portanto, embora seja minha a escolha, não é uma escolha fácil.

C S Lewis refletiu sobre isso quando disse; “Ir para o céu significa tornar-se mais humano do que você jamais foi na terra; ir para o inferno é o mesmo que ser banido da humanidade. O que é lançado (ou se lança) no inferno são seres humanos. São refugos. Ser um ser humano completo significa fazer as paixões obedecerem à vontade e oferecer essa vontade a Deus. Ter sido um ser humano ou ser um ex-homem, provavelmente, significa possuir uma vontade completamente voltada para o eu e ter paixões completamente descontroladas pela vontade”.

Para encerrar, transcrevo uma história:

Um casal de missionários americanos voltava para casa após 50 anos servindo a Deus na África. Durante a viagem de volta no navio, eles vieram imaginando como seriam recebidos e que tipos de honra receberiam de seus familiares e amigos, já que dedicaram praticamente a vida toda a serviço do Reino de Deus. Quando o navio se aproximava do porto, eles viram muitas bandeiras, banda, fanfarra e uma festa preparada. Então pensaram: “Maravilha! Eles estão prontos para nos receber de volta! Que alegria!”

 

Porém, quando saíram do navio depois de um bom tempo, já que estavam viajando na terceira classe, viram os papéis coloridos espalhados pelo chão e não havia mais a banda e as pessoas. Diante daquele silêncio, comentaram: “A festa deve ter sido por causa daqueles homens de terno no navio. Vamos embora!” Então foram para casa, cansados e frustrados, pois não havia ninguém para esperá-los, nenhuma recompensa sequer e o marido ficou tão revoltado que saiu batendo a porta e disse à sua esposa: “Eu vou dar uma volta, pergunta aí pro seu Deus se é isso que Ele tem pra nos dar depois de 50 anos de ministério!”.

 

Aquele homem andou… andou… andou… e, ao voltar, encontrou a esposa mexendo em alguma coisa na pia da cozinha. Ele entrou e perguntou à mulher em tom de deboche: “E então? Falou com o seu Deus se é isso que Ele tem para nos dar, depois de renunciarmos 50 anos da nossa vida dedicados ao ministério?”

 

E a mulher sem se virar, simplesmente disse: “Falei sim.”

 

“Ah é? E então, o que foi que Ele disse?” Retrucou o homem.

 

Ela respondeu: “Deus disse que nós ainda não chegamos em casa.”

 

O chão onde pisam meus pés, a casa onde moro não é o meu lar.

Paredes de alvenaria que hoje me cercam não são do meu lar.

Meu lar não precisa das luzes artificiais que brilham aqui.

Meu lar tem a glória de Deus a iluminá-lo e torná-lo feliz.

“É doce morrer no Senhor: é um pacto abençoado dormir em Jesus. A morte não é mais um banimento, é uma volta do exílio, um retorno para para o lar de muitas mansões onde os amados já habitam” (Charles Spurgeon).

 

Qual é a sua casa? Onde você vai passar a eternidade?

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